Ah, Espírito Santo

Como é sabido, esse ano passamos por mais alguns conflitos políticos, sociais, briga de vizinhos, e de aluno em sala de aula brigando pela cadeira mais próxima do ventilador, mas por que eu estou falando isso?  Porque desembarquei no estado mais abençoado do Brasil a pós o caos causado pela greve dos policiais militares. Isso mesmo! Espírito Santo!

O Espírito Santo nunca esteve na lista dos estados que eu queria conhecer, confesso, mas quando soube que iria viajar para lá fiquei animada. Descobri no avião rumo a Vitória, depois de uma conexão em Brasília, pela terceira vez, que meu trabalho seria em uma cidadezinha no interior, e que eu estaria sozinha, risos.  As escolas Vivas já funcionam há três anos no ES e elas meio que já caminham com suas próprias pernas, então não seria necessário muitos protagonistas. 

          De Vitória para a cidade que fiquei foram pelo menos 5h de muita montanha e vale. Meu Deus, eu não consegui pregar o olho com tanta beleza passando pela minha janela. Aquela paisagem verde e florida foi pra mim um contraste da seca que assola o NE nessa mesma época do ano. 



Cheguei antes do almoço a tempo de conhecer um dos lugares mais aconchegantes da cidade: a padaria. Lugar que me acolheu quase todas as noites, sozinha de início, e que terminava sempre com uma bela conversa com um desconhecido.

Minha semana de trabalho foi conturbada. Não foi fácil lidar com 400 adolescentes em período de prova e com pouco interesse para o que eu estava propondo, mas aí pude contar com uma galerinha que tornou minha semana mais leve e produtiva. Foi muito bonito compartilhar meus dias e guaraná Jesus com esses capixabas arretados!

A experiência de viajar sozinho é sem dúvidas uma das mais ricas e super indico! Estar longe da proteção de casa e encarar um lugar diferente cheio de pessoas desconhecidas dá aquele friozinho na barriga bom! Ainda mais quando seu carregador quebra no aeroporto antes da viagem, hahaha.

Eu estava a milhares de quilômetros de casa, em um lugar que nunca estive, com pessoas que eu nunca tinha visto, mas não me senti sozinha em nenhum momento. As cidades do interior tem essa riqueza, eu não passei despercebida, creio que a cidade inteira ficou sabendo da minha presença lá, hahahaha. Você se descobre em situações como essa, e descobre a beleza que o desconhecido apresenta.

Trouxe saudades de Muniz Freire, e principalmente, da minha trupe. Vocês são especiais, e representam o que devem ser os protagonistas. Ainda volto aí com meu sotaque. Aguardem!


Xoxo :* 

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