Perceber leva uma vida inteira
Olá, leitores! Para um ano atípico: três publicações. Dessa vez sem piadinhas, sem brincadeiras. Nesse momento de quase completa privação do mundo, a gente foi empurrado a se voltar para os nossos pensamentos. Isso para alguns é sinônimo de sofrimento, para outros, é o que mantém tudo funcionando. Creio que os últimos meses tenha formado novos leitores, músicos, escritores, poetas, políticos e cientistas. A falta de contato com o mundo exterior fez a gente mergulhar no que dá pra fazer sozinho e rememorar nossas eternidades, além de fincá-las. Acho que tudo que sobrou foram as eternidades. Explico! Citando Adélia Prado, que diz que tudo que a memória ama fica eterno, acredito que nós trazemos conosco tudo que nos tocou durante a vida. As pessoas, as histórias, os momentos, os lugares, as canções, tudo que constitui cada pedacinho do que somos hoje, tem um espaço de importância no nosso passado. A sua primeira professora, o primeiro lugar que você viajou, a primeira pessoa que você go