Essa canção é mais que mais uma canção, quem dera fosse uma declaração de amor...

Por tanto amor

Por tanta canção

A vida me fez assim


 Quando a gente para pra observar um pouquinho, a gente percebe que a vida é movida puramente a amor. O amor que a gente dá e quer receber. 

Não preciso de muitas explicações. Facilmente pensar no amor te leva para lugares, momentos, cheiros e pessoas. E isso, sem dúvidas, é o que importa de verdade.

Já perdi as contas de quantas longas conversas já travei sobre esse tema e o quanto cada vez mais ele parece inesgotável. E que bom! As poetas e compositoras agradecem. 

Ler o livro “Tudo sobre o amor” me fez pensar na ousadia desse título. As quase 300 páginas não chegaram nem perto de me explicar o que eu sinto perto dos meus objetos de afeto. E isso não diminui a sua importância. Pensar no amor como uma estrutura social me fez refletir sobre relações e significações. Indico!

Mas não é sobre isso que eu queria falar. Na verdade eu queria falar sobre o famigerado “amor da sua vida”. Pensou em alguém? Espero que sim! Caso não, te convido a encontrá-lo.

Por muito tempo eu pensei que encontraria o amor da minha vida em relações amorosas, no amor romântico, em um relacionamento. Porque é assim que os livros, os filmes, as músicas e a sociedade querem que você pense. E por tantas vezes eu me perguntei “por que que eu fui ouvir tanta música de amor a minha vida toda?” porque com isso me tornei uma pessoa extremamente sentimental e romântica incurável, procurando em tudo algo que parecia nem existir. Às vezes você só está olhando pro lugar errado. 

Foi então que eu percebi que eu já tinha encontrado o amor da minha vida. Ela estava ali o tempo todo. Minha mãe.

De repente eu entendi porque meu coração batia tão forte quando eu ouvia algumas músicas, e porque eu era invadida por um misto de sentimentos de emoção, euforia e até um pouco de dor a cada palavra que era dita. Era isso. Todas as músicas de amor são sobre a minha mãe. E pra quem conhece a nossa relação, sabe que é tudo extremamente recíproco. 

A sensação de perceber que aquilo que parece grande demais realmente existe, e é ainda maior, é mágico. Eu sou uma sortuda. Talvez muito mais do que eu consigo imaginar. Mas o meu exemplo é um entre tantos que eu consigo observar. 

Atrelado ao sentimento de amar, vem a eternidade, o pra sempre que a gente acha que não acaba. E se acaba, você acha que não foi amor, e lá se vai mais uma vez o amor que não é da sua vida. Será que não foi? Talvez algumas pessoas tenham a sorte de ter o amor da sua vida por 10, 20 anos, ou talvez por cinco meses, seis. O tempo de permanência é tão pouco importante se a gente pensar no que não vai sair da gente nunca mais. Talvez o amor da sua vida já tenha passado por aí, ou um dos. Talvez seja da sua família, ou um amigo, namorado, filho. Talvez o amor da sua vida nem seja só uma pessoa. Talvez nem seja uma pessoa. Talvez seja qualquer coisa que tenha te tocado tão profundamente que você nem ousa tentar explicar o que sentiu. 

Talvez você ainda nem conheça. Mas há tempo.

Me parece extremamente injusto que o amor da minha vida não esteja comigo pra sempre. E teria como? Será que tem como? Porque eu não sei se existe vida fora disso, mas eu te convido a aprender a separar eternidade de permanência. Talvez aí esteja o caminho da vida. 


Até!


Preso a canções,

Entregue a paixões

Que nunca tiveram fim...


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