... é bom, nunca é igual
Há exatamente um ano eu fiz a última postagem de 2017 planejando
o que escreveria para começar o ano. Como nunca fui boa com planos, eis-me aqui,
na última sexta-feira de 2018 me perguntando como o tempo passou tão rápido que
eu nem pude passar por aqui.
Tenho a impressão de ter vivido 10 anos em um só, você
também? Esse ano foi uma bagunça que começou com o desejo da vitória do hexa
(aposto que você nem lembrava mais), mas terminou com a vitória da hipocrisia. A
eleição reafirmou que nossa ignorância não pode ser questionada. Somos muito bons
nisso. Mas não vou falar de política, os anos vindouros darão mais pano pra
manga, vou falar de mim! Temendo ser abandonada no meio da leitura, serei
breve. Ou pelo menos tentarei.
Para começar o ano, meu mapa do Brasil foi preenchido com
mais dois estados: Mato Grosso do Sul e Tocantins, mas isso eu conto em outro
texto, prometo.
Esse ano eu tive que tomar uma das decisões mais importantes
da minha vida que foi escolher em que programa eu cursaria o mestrado, e isso
me tirou o sono por semanas. Quem me conhece há mais tempo sabe que eu passei um tempo andando no escuro e decidir
arriscar tudo de novo não aconteceu da noite pro dia, mas se eu soubesse antes o que sei agora, erraria tudo exatamente igual.
Acabei fazendo a escolha mais ousada e mais arriscada, mas também a que me
deixou mais feliz e esperançosa. Ter o apoio da minha família nesse momento fez
tudo ficar mais leve.
As minhas escolhas me trouxeram de volta
todos os sonhos que eu tive medo de nunca realizar, e MEU DEUS, como eu
realizei sonhos esse ano. Como eu rompi várias barreiras da minha vida, como eu
me reconheci, me reafirmei, em alguns momentos me perdi, me deixei por alguns
lugares, mudei. Mas o que seria isso se não a vida? Sei quem
eu era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias
mudanças desde então.
Eu aprendi! Eu aprendi demais. E felizmente não
foi apenas conteúdo acadêmico -que já seria muito- eu aprendi sobre a vida,
sobre as pessoas, e principalmente sobre os momentos, sobre as eternidades que
a gente constrói neles. A vida é mesmo
coisa muito rara.
Eu descobri a beleza de estar sozinha, o silencio não foi
sempre perturbador, nem as companhias sempre acolhedoras, nem os risos sempre naturais.
Mas também teve festa, casa cheia, velhos amigos, alegria de voltar pra
família... E foi aí que eu percebi que eu estava errada. Eu estava muito errada
quando achei que já tinha muita gente boa na minha vida. Eu tenho, mas a gente
pode sempre encontrar um sorriso largo e um abraço casa perdido por aí. Eu
encontrei alguns.
E é isto! No fim do
dia quando a gente fecha a rede social e se despe das roupas caras, dos
diplomas, da posição respeitável, o que sobra é o amor que a gente dá e recebe. Oh, é o amor, é o amor que faz o mundo girar. E nós nunca perdemos por ouvir, por acolher, por incentivar, por sorrir junto, chorar junto, sonhar
junto, o contrário, é assim que nos tornamos gente, e gente boa se atrai.
Então o meu desejo para 2019 é que você tenha muito sucesso, mas que quando voltar pra casa não
sejam seus títulos, salário, ou likes que te façam companhia.
Até! 💋
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